Uma comissão tripartite formada por integrantes das centrais sindicais, governo e do Congresso Nacional debaterá os termos das Medidas Provisórias 664 e 665, que tenta modificar as regras do seguro-desemprego, abono salarial e pensões.
A decisão saiu após reunião de três horas ocorrida em São Paulo, nesta terça-feira (03/02), com a presença das centrais sindicais e dos ministros Miguel Rosseto (Secretaria da Presidência da República), Carlos Gabas (Previdência Social), Nelson Barbosa (Planejamento) e Manoel Dias (Trabalho e Emprego). O primeiro encontro da comissão tripartite já acontecerá na próxima semana.
“As medidas adotadas pelo governo merecem o repúdio da classe trabalhadora. Nós, que defendemos um modelo de governo democrático popular, temos a clareza de que não vamos encontrar celeridade nem empenho do governo se não fizermos repercutir os anseios da classe trabalhadora”, declarou Adílson Araújo, presidente da CTB (Central das Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil).
Araújo defende que o superávit proposto pelo governo atinja as grandes fortunas e não puna os mais pobres, além de chamar o trabalhador à mobilização. “Acredito que a grande resposta para encontrarmos o justo caminho vai ser a realização da Marcha da Classe Trabalhadora, que estamos construindo de forma unitária para o dia 26 de fevereiro”, declarou.
No encontro desta terça-feira o governo propôs manter as Medidas Provisórias 664 e 665, mas incluir as centrais sindicais no debate de formulação para o Plano Plurianual 2016-2019.
No encontro da próxima semana entre centrais sindicais, parlamentares e governo, serão debatidas a informalidade no mercado de trabalho, a excessiva rotatividade nos empregos e a atualização do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda.